Recentemente acessei alguns vídeos e conteúdos sobre reencarnação dos animais. Vocês sabem que os algoritmos das redes sociais acabam entregando sempre mais do mesmo. Então, após ter assistido um vídeo sobre o assunto, comecei a ver vários com o mesmo tema.
O tema desse artigo não é sobre a “reencarnação DOS animais”, mas a reencarnação E os animais. Acredito ser importante criar uma separação entre os temas, justamente para podermos refletir a respeito.
REENCARNAÇÃO NÃO É NATURAL OU DIVINO
A reencarnação não é um processo natural, divino. Muitos acreditam que sim, mas é apenas mais um holograma de aprisionamento baseado no apego, na culpa e medo. Originalmente, a alma seria livre para vivenciar seu projeto monádico, aprendendo a fazer escolhas que enriqueceriam sua Consciência Superior, sua Fonte (chamem como preferir), encarnando ou assumindo corpos em diferentes realidades, para que a experiência material pudesse ser a mais rica e abundante possível. Simples, não?
Aqui estamos falando de alma, não de corpos. Existe uma diferença tremenda (leia aqui).

A alma, assim como toda forma de consciência no Universo, está atrelada a uma origem, chamada de Eu Sou, Mônada, Supramônada e outras camadas ainda mais sutis até alcançar idealmente a Fonte Primordial. Como dizia Hermes Trismegisto, o universo é mental. Portanto, essa consciência desdobrada de sua fonte adquire autonomia para vivenciar experiências que irão contribuir para o aprendizado de sua mônada ou consciência coletiva superior.
Neste ponto ainda não existe o Planeta Terra, ou qualquer outro planeta com suas raças e diferentes formas de vida. A alma passa por um processo de densificação em estágios intermediários, podendo ou não chegar à densidade física que conhecemos como 3D ou 4D. Muitas almas não necessitam passar por essa experiência, vivenciando apenas níveis mais sutis de existência, em realidades com outras formas de expressão.
O PLANETA TERRA É UM LABORATÓRIO

Chegando ao Planeta Terra. Nosso planeta é literalmente um laboratório dessas Consciências Superiores. Importante entender que as Consciências Superiores ou Criadores não são necessariamente melhores, ou bonzinhos, do ponto de vista humano. Eles apenas possuem uma visão privilegiada dos acontecimentos e conseguem manipular a realidade dependendo de seus objetivos. Neste laboratório existem infinitas experiências criacionais, entre formas de vida mineral, vegetal, animal e sutil, como devas e realidades imateriais que sustentam a vida na matéria, que podemos chamar de vida subatômica.
Essas formas de vida (ou experimentos) são o subproduto da criação dessas mentes superiores, criando-se um vínculo por meio da programação de DNA, que nada mais é do que o código de barras que conecta o produto a seu fabricante. Existem diferentes criadores que podem colaborar na criação de projetos criacionais, portanto, os projetos ou raças podem ser híbridos em sua origem, como são os seres humanos. Somos um experimento composto por diferentes “ingredientes” dos deuses criadores.
Neste ponto, você pode imaginar que diferentes raças possuam diferentes criadores com propósitos diversos no universo. Esses projetos podem em vários momentos se encontrar, criando uma realidade mista onde uma irá colaborar com a outra em seu aprendizado. Assim como cães, gatos, pássaros e humanos, por exemplo.
E o que isso significa? Após um determinado número de experiências em corpos ou raças específicas, a alma teria a chance de retornar à sua fonte original. Ou seguir seu caminho em realidades diferentes pelo universo em outros planetas, “vestindo” outras formas de vida. Adquirindo tamanha experiência ao ponto de auxiliar outras almas em sua jornada.
– Uau! Que maravilha! Mas é isso o que acontece no Planeta Terra?
Não.
Lembre-se que a Terra é um laboratório. E assim como em qualquer laboratório, as criações são mantidas em um ambiente hermético sendo manipuladas, observadas, usadas em diferentes experimentos.

– Mas isso é bom, ou ruim?
Depende.
Se você for um deus criador, certamente é uma experiência extremamente enriquecedora. Imagine que você é um cientista e tem à sua disposição um laboratório extremamente rico, com todos os recursos à mão.
– Ah, tá! Mas onde entra a reencarnação nesse imbróglio?
As experiências evolutivas da alma estão diretamente ligadas à sua capacidade de se conectar à sua origem monádica ou Consciência Superior, independente das experiências na matéria em corpos físicos. Muitos líderes desse laboratório não concordam que as almas tenham a liberdade de se tornar deuses criadores, escapando a seu controle.

Imagine se um criador de gado ficaria contente vendo seus bois e vacas tomando consciência e quebrando aquelas cercas ridículas que os aprisionam, fugindo e se recusando a servir como alimento.
E-xa-ta-men-te!
A reencarnação foi criada como sistema de aprisionamento no curral planetário. Ao invés de você poder escolher quando e como retornar ou seguir adiante em sua jornada de alma, fizeram você acreditar que reencarnar é o único caminho para a ascensão. Um grande engano. A ascensão é você quem escolhe e está unicamente sob sua responsabilidade. Se depender dos líderes do laboratório, você ficará retroalimentando os experimentos pela eternidade.
Essa programação é tão intensa nos humanos, que eles acabaram impondo a mesma crença aos animais. Especialmente aos animais que compartilham a mesma rede consciencial, ou campo mórfico, absorvendo grande parte dos nossos padrões mentais e emocionais.
Afirmar que um animal após desencarnado irá retornar ao seu antigo tutor é tão cruel como o cientista que mantém seus experimentos em uma caixa de vidro.
– Ah, mas ele volta para mim por amor… os animais amam incondicionalmente.
Não existe amor incondicional. Se estamos nesta experiência para aprender, já existe uma condição. Tudo no universo é uma troca. Ação e reação. Portanto, existem condições para que uma relação aconteça. Caso contrário, cria-se estagnação. Estagnação não é amor.
Os animais não conhecem o apego da maneira humana. E aí deveríamos aprender com eles. Eles não são apegados aos seus corpos, não são apegados a nós, meros seres humanos. Por não carregarem as mesmas crenças não estão sujeitos aos padrões de aprisionamento baseados no medo da morte, na punição pelos “pecados”, no resgate seja-lá-do-que-for. Até porque não há nada para resgatar. Existe uma parceria momentânea, pela qual devemos ser imensamente gratos.
Os seres humanos receberam uma programação, um software, que apaga a memória a cada encarnação para nos separar de nossa origem monádica, nossa origem realmente divina. Esse software faz parte dos experimentos do laboratório terrestre atingindo primordialmente os seres humanos. Ou seja, atinge os corpos humanos, que pelo efeito de repetição influencia a rede neural da alma. Muitos animais não receberam essa mesma programação e são capazes de se lembrar de onde vieram, qual o seu objetivo de vida e para onde devem seguir. Embora muitos estejam, sim, atrelados apenas à realidade terrestre sem conexão com sua realidade monádica, eles têm mais liberdade do que nós humanos em decidir seu caminho na jornada de alma dentro desse grande videogame.
As almas que escolheram vivenciar os experimentos como “pets” podem ter origem em mônadas híbridas ou não. Portanto, muitas almas podem ter escolhido ter uma experiência em quatro patas, algo extremamente significativo, pois os seres de quatro patas possuem uma conexão com o reino dévico muito maior, em níveis que nós humanos sequer sonhamos. E, posteriormente, adquirir experiência em outras formas de vida.
OS ANIMAIS SÃO CONSCIENTES DE SEU PAPEL
Muitos animais são mais conscientes de suas virtudes do que nós. Se observarmos um cão e compreendermos seus valores e objetivos dentro de seu projeto criacional, podemos fazer um paralelo e analisar os nossos objetivos como seres humanos e o quanto temos falhado.

Um cão possui um faro extremamente apurado, permitindo que ele identifique a presença de diferentes seres e substâncias muito além da nossa compreensão. Como disse, eles andam sobre quatro patas e conseguem desenvolver uma conexão profunda com as redes neurais dos devas da Terra e com o campo mórfico do ambiente. Sua audição capta vibrações profundas, inimagináveis aos ouvidos humanos. Sua percepção é tão refinada que consegue perceber quando um ser querido se aproxima, mesmo a centenas de metros de distância. Seu senso de comunidade faz com que ele sempre colabore com a matilha, seja protegendo, alertando, exercendo atividades vigorosas, com atitudes muitas vezes contraditórias apenas para mostrar aos outros membros da matilha que algo precisa ser mudado, melhorado ou há algum perigo iminente.
Então, quando dizem que os animais reencarnam para aprender com os humanos eu me pergunto: será que não é o contrário?
Façamos agora um paralelo com o reino vegetal. Normalmente vemos espécies vegetais que duram poucos dias ou poucos anos, mas esquecemos que existem espécies que vivem por mais de dois mil anos, como as sequoias, que podem superar os incríveis 80 metros de altura e 3 metros de circunferência.
Agora, quando alguém diz que as almas passam pelo processo evolutivo pelos reinos mineral, vegetal, animal até alcançarem a “glória” de encarnarem como humanos, eu me pergunto: o que a alma coletiva de uma sequoia de três mil anos teria a aprender no corpo de um humano em apenas 70/80 anos de vida? Essa alma provavelmente seria incompatível com o projeto humano. Seu projeto monádico arbóreo teria pouca ou nenhuma relação com o projeto adâmico.
Imaginar que o processo encarnatório de uma alma seguiria essa ordem é outro engano ou holograma, criado ou por ingenuidade, ou como mais uma forma de aprisionamento.
Imagine que você é um grande investidor e decide criar uma indústria desde sua base. Você contrataria bebês apenas para criá-los e educá-los à sua maneira para que eles se tornem treinees da sua empresa, formatando esses indivíduos por 30, 40 anos até que eles estejam prontos para assumir as posições de gerência e diretoria dessa empresa? Óbvio que não. Você irá compor o quadro de funcionários contratando primeiramente profissionais experientes, com diferentes talentos. A partir daí eles se tornam responsáveis por contratar o restante dos funcionários necessários para compor toda a estrutura organizacional.
O processo encarnacional não é diferente. A estrutura espiritual planetária é formada por almas de diferentes mônadas e origens no universo, com diversos projetos e objetivos. Almas experientes e almas inexperientes conforme o projeto monádico correspondente. Não faz o menor sentido impor uma sequência de experiências que não têm necessariamente a ver com seu projeto monádico. Isso é contraproducente.
A SEQUÊNCIA ENCARNATÓRIA É UM HOLOGRAMA
A ideia de uma sequência encarnatória certamente veio do processo de terraformação de um planeta, que se inicia na preparação do reino mineral e aquático, atmosférico, passando para microrganismos, reino vegetal, e aí sim seriam implantados animais de todas as espécies com insetos, repteis, aves, mamíferos, etc. Isso não significa que as almas participantes necessitam iniciar seu processo como pedra. Para cada reino, os criadores desenvolveram redes neurais/consciências adequadas para obter as melhores experiências ou resultados em cada ciclo existencial, seja na Terra ou em outros locais.
Voltando ao processo encarnacional dos animais. Pouco importa se eles voltam a encarnar com seus humanos ou não. Não há qualquer determinação espiritual neste sentido a não ser as crenças humanas criadas exclusivamente por humanos. O que importa são as expectativas humanas em torno dessa possibilidade.
– Ah, mas não fui em quem determinei. Foi ele, o Pipoquinha quem escolheu voltar para mim.
Será mesmo?! Lembra que falamos do tal campo mórfico? Será que quando o Pipoquinha, a Miuchinha, o Zequinha estavam vivos você não ficou implantando neles a ideia de que deveriam um dia voltar para você? E será que no momento da morte deles você não disse ou pensou “em breve nos veremos de novo… volte para mim… não me abandone…”
Como seres humanos, deveríamos nos preocupar em desenvolver valores humanos. E existe um valor humano bem pouco exercitado, até mesmo entre os que se dizem mais espiritualizados. É o tal do altruísmo, que significa uma preocupação desinteressada pelo bem-estar dos outros. Ou seja, não fazer ao outro o que você não quer para você.
SEJA LIVRE!
As almas precisam adquirir a consciência que podem ser livres. Você, querido leitor, é livre para escolher seu caminho. Basta que se torne consciente de sua responsabilidade sabendo que sua alma depende de suas escolhas hoje. Da mesma maneira, precisamos libertar os animais de nossa carência e dependência emocional, especialmente aqueles que convivem conosco. Ou continuaremos presos nesse laboratório planetário (que mais parece um hospício, na verdade).
Não se preocupe, porque os animais não necessitam da sua espiritualidade. Não é a espiritualidade humana que rege a espiritualidade animal. Essa tal espiritualidade humana atrapalha um bocado, sendo importante expandir a consciência para a existência de diferentes ordens, conselhos, estruturas espirituais que lidam exclusiva e diretamente com os animais, sem a necessidade da interferência humana.
Faça sua parte, desenvolvendo seus talentos, seus valores como ser humano. Aproveite hoje para expandir sua consciência para além de seus medos. Confie na SUA consciência superior, que tem guiado sua existência desde bem antes de sua alma ter vindo para a Terra. Infelizmente, por vertentes inesperadas, ficamos presos. Ou porque confiamos em quem não merecia, ou porque escolhemos vivenciar um desafio, ou simplesmente por ego, nos deixamos aprisionar.
Concentre-se na sua alma, em despertar sua consciência para além dos muros desse laboratório.
E quando chegar a hora de dizer adeus a seu amigo, liberte-o e não se preocupe. O Pipoquinha, a Miuchinha, o Zequinha, estão muito mais próximos de se tornarem deuses criadores do que qualquer ser humano encarnado.

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