CONFORMIDADE – DESEJO DE FAZER PARTE, OU PRESSÃO DO MEIO?

Provavelmente você já tenha assistido algum vídeo que reproduz o Experimento de Conformidade de Asch (abaixo) onde pessoas são convidadas a dar respostas sobre questões aparentemente fáceis, mas, sem que saibam, seu grupo é formado por atores instruídos a darem a resposta errada. O convidado se vê numa saia justa, sem saber se mantém sua posição ou se confronta o grupo. Uma parte dá a resposta errada para não confrontar o grupo, enquanto outra, responde errado porque duvida de sua percepção. Afinal, se todos estão dando a mesma resposta, o errado sou eu. No geral, 74% dos participantes deram pelo menos uma resposta errada.

O experimento de conformidade de Asch, conduzido por Solomon Asch na década de 1950, foi um estudo em psicologia social que explorou até que ponto a pressão de um grupo pode influenciar a opinião de um indivíduo. O experimento envolvia participantes que eram solicitados a comparar o comprimento de linhas em cartões e identificar quais linhas tinham o mesmo comprimento. No entanto, a maioria dos participantes era composta por cúmplices do experimento, atores instruídos a dar respostas erradas deliberadamente.

PARTICIPE DO PRÓXIMO CURSO ESPIRITUALIDADE CONSCIENTE EM SÃO PAULO, DIAS 09 E 10 DE NOVEMBRO.

Este resultado ilustrou o poder da conformidade social e como o desejo de se encaixar no grupo pode levar os indivíduos a ignorar suas próprias percepções e julgamentos.

Além disso, o experimento destacou fatores que podem influenciar a conformidade, como o tamanho do grupo, a unanimidade das respostas e a dificuldade da tarefa. As descobertas de Asch continuam a ter relevância hoje, fornecendo insights sobre como as normas sociais e a pressão do grupo podem moldar comportamentos e decisões em diversos contextos, desde o local de trabalho até as redes sociais.

É importante atualmente que façamos uma reflexão sobre os mecanismos de recompensa e como nossa mente pode se tornar nossa inimiga. Grande parte das relações humanas se baseiam nesse modelo de recompensa e na dopamina gerada por ela. Se a criança é boazinha ela ganha chocolate. Se o adulto é bonzinho de acordo com seu grupo social, ele ganha likes. Infelizmente, muitos avaliam sua felicidade pela maneira como os outros os vêm, se são bem vistos, queridos, admirados, independente de seus valores e suas ações.

O que se vê na atualidade, especialmente nas redes sociais, são pessoas que querem agradar, mas não necessariamente resgatar e divulgar valores humanos, independente do que a maioria acredita. Tem sido mais importante conquistar a aceitação em um determinado grupo, custe o que custar. Muitas vezes deixamos de ver o óbvio para seguir uma tendência, uma moda, uma narrativa. E apenas muito tempo depois alguns conseguem enxergar que foram manipulados.

Infinitas vezes aceitamos bandeiras estúpidas em nome de um determinado grupo, esquecendo que estamos apenas criando divisão e seguindo determinada “ordem mundial” para gerar conflito, servindo como massa de manobra, colaborando com uma agenda nefasta que obtém enormes quantidades de dinheiro para beneficiar apenas grupos poderosos. Será que não nos deixamos levar apenas pelo desejo de fazer o que é certo superficialmente, sem observar a realidade que está bem na frente do nariz?

Esse efeito acontece na política, nos grupos sociais, nas religiões e ideologias. Antes de seguir a manada, pare e observe. Esse experimento mostra de forma clara como é fácil sermos manipulados pelos outros, ou por nossas próprias ilusões e expectativas. Lembre-se que de boas intenções, o inferno está cheio.

Melhor seguir sozinho e de cabeça erguida, de braços dados apenas com sua Consciência.

CONHEÇA NOSSOS CONTEÚDOS ONLINE

Resultados
No grupo de controle, sem pressão para se conformar aos atores, a taxa de erro nos estímulos críticos foi inferior a 0,7%. Na condição de ator também, a maioria das respostas dos participantes permaneceu correta (64,3%), mas uma minoria considerável de respostas estava de acordo com a resposta (incorreta) dos atores (35,7%). As respostas revelaram fortes diferenças individuais: 12% dos participantes seguiram o grupo em quase todos os testes. 26% da amostra desafiou consistentemente a opinião da maioria, com o restante se conformando em alguns testes. Um exame de todos os testes críticos no grupo experimental revelou que um terço de todas as respostas estavam incorretas. Essas respostas incorretas frequentemente correspondiam à resposta incorreta do grupo majoritário (ou seja, atores). No geral, 74% dos participantes deram pelo menos uma resposta incorreta dos 12 testes críticos. [ 1 ] Em relação aos resultados do estudo, Asch declarou: “Que jovens inteligentes e bem-intencionados estejam dispostos a chamar o branco de preto é uma questão preocupante.”

Para mais detalhes, você pode acessar a referência completa aqui.

Deixe um comentário