Você sabe reconhecer os seus sistemas de alarme internos? Como reconhecer se suas emoções e pensamentos estão oscilando dentro de um limite saudável e harmônico?
Não preciso nem dizer que humanidade perdeu a capacidade de se autorregular emocionalmente. Extrapolamos o limite da razão, do bom senso. Perdemos o equilíbrio. Saímos do eixo.

Faço uma analogia com o sistema de arrefecimento do motor dos automóveis. Basta você olhar para o painel do carro para saber se o motor está funcionando adequadamente. O movimento do motor irá gerar calor, mas o sistema de esfriamento está controlando a temperatura dentro de um limite para que o motor não chegue ao ponto de fundir.
A temperatura é semelhante ao stress. Dentro de um determinado limite nos ajuda a criar movimento e realizar as ações que nos propomos. Tanto a falta como o excesso são prejudiciais.
Mas como reconhecer isso dentro da gente se não temos um painel mostrando esses limites?
Temos sinais bem óbvios, mas muitos se recusam a aprender a reconhecê-los, deixando a responsabilidade para terceiros.
É possível reconhecer quando a desarmonia e o desequilíbrio são constantes. Quando se vive constantemente oscilando entre os extremos, entre a euforia e o desespero, ou se vive apenas em um dos opostos, perdendo o bom senso e a racionalidade.
Ou quem está com seu sistema desligado, seja por remédios ou por vícios, não sente mais nada. O motor está a ponto de fundir, mas é incapaz de perceber os sinais. Muitos se afundam no vício em tecnologia ou em remédios controlados (prescritos por médicos), em drogas ilícitas ou socialmente aceitas (entre elas os psicoativos e alucinógenos de uso religioso) para fugir da realidade. É como se o painel à sua frente se tornasse um elefante azul, uma borboleta colorida ou um mestre ascensionado falando em sânscrito com você. Ou ainda, um obsessor, um desencarnado, um fantasma te assombrando, mas é só o seu painel interno te mostrando que você precisa mudar e buscar equilíbrio.

Há ainda quem reconhece os sinais, mas prefere fazer de conta que nada está acontecendo. Muitas vezes para agradar ou não preocupar os outros, levando seu sistema ao extremo. Estas pessoas muitas vezes só pedem ajuda quando ficam totalmente na mão, normalmente sozinhas, quando seu carro pifa no meio da noite numa rua escura, ou pega fogo. Teria sido muito mais fácil resolver o problema se tivesse buscado ajuda quando os primeiros sinais de desequilíbrio apareceram e se mostraram constantes. E aí se culpam porque deram trabalho para os familiares, quando se tornam um fardo para os outros.

Faça um exercício diário de calibração do seu sistema de arrefecimento.
Primeiro, conheça-se minimamente. Da mesma maneira que você precisa saber onde é o reservatório de água do seu carro para abastecê-lo antes de alguma viagem, assim como onde ficam outros reservatórios e sistemas que necessitam de sua atenção periódica, da mesma maneira você precisa conhecer seu corpo e seus limites. Quando as emoções como medo e tristeza aparecerem, verifique imediatamente a origem, a causa.
Essas emoções são suas? Ou são fatores externos que estão te influenciando, como o calor de 40 graus no meio do congestionamento que estão fazendo com que o sistema de arrefecimento do seu carro funcione ao extremo? Nossas emoções também são influenciadas pelo meio em que vivemos e precisamos aprender o que é nosso verdadeiramente e o que é o calor e a pressão externos.
Essa pressão é real ou ilusória? No carro, aprendemos a verificar se o problema é do carro ou fatores ambientais. Mas nos seres humanos, existem algumas pegadinhas. O nosso cérebro não reconhece as emoções que são criadas por fatores reais e as que são holográficas. Basta assistir um filme dramático, daqueles cheios de separações e traições. Seu cérebro irá reagir como se aquilo fosse real em poucos minutos você se sentirá como o protagonista do filme, triste, desesperado, chorando sem controle.
Da mesma maneira, estamos vivendo o medo da morte 24/7 de maneira intensa. Esse medo é real ou holográfico, imposto por um filme de terror de extremo mal gosto que passa 24h, sete dias por semana em todos os meios de comunicação?
Veja bem, existe um vírus com uma taxa de sobrevivência de 99,74% da população. Apenas 0,26% morrem (veja as fontes nos links abaixo). Existem infinitos vírus, bactérias, fungos, protozoários, além dos riscos de infinitas doenças fulminantes com taxas de mortalidade muito maiores. Mas a população em geral vive como se “O” vírus fosse um monstro aguardando na esquina.
E os poderosos fazem o jogo de controle psíquico onde todos nós somos reféns.
Mas voltando ao tema principal. Você não pode controlar o que acontece fora de você, mas você pode controlar como você vai reagir a esses estímulos, mantendo seu sistema interno saudável e funcionando em perfeito estado, para que você possa passar por todas as intempéries.
Algumas dicas:
– Não deixe que nada impeça seus objetivos, seus sonhos. Continue fazendo planos e buscando alternativas.
– Crie uma rotina de vida interior, ou seja, crie momentos de meditação, contemplação, reflexão e atividades em que você se desliga de qualquer interferência externa.
– Cuide do físico. O mundo pode estar em lockdown, mas seu corpo está envelhecendo mesmo assim. E está se degradando em compasso acelerado, pois sem sol, sem amigos, sem movimento, seu sistema imunológico está sendo destruído. E qualquer vírus, bactéria, fungo, irá causar um estrago enorme.
– Pense. Desenvolva a capacidade de pensar antes de reagir. Não se deixe dominar pelos instintos, como o medo da morte, que paralisa ou faz com que você viva em estado de fuga constante. Aprenda a controlar seu corpo e suas emoções através de atividades como meditação, exercícios respiratórios, Yoga, TaiChi, etc. Conheça o seu ponto de equilíbrio interno, exatamente como o painel do carro, para que você saiba onde está oscilando sua energia e quais os fatores que estão influenciando. Internos ou externos. Emoções e pensamentos. Seus ou dos outros.
– Se os fatores são seus os causadores do desequilíbrio, resolva. Assuma a responsabilidade por seus atos, pensamentos e emoções. Busque ajuda. Não deixe para depois. Assuma o seu valor.
– Se os fatores são externos, questione o que é real e o que é holográfico ou ilusório, momentâneo. Não aceite nada de graça (notícia ou conselho), pois um dia a conta virá. Faça perguntas sempre. Como diziam os antigos: “perguntar não custa caro”.
Lembre-se: Você está no controle.

https://www.worldometers.info/coronavirus/coronavirus-death-rate/
https://www.deconstructingconventional.com/post/18-reason-i-won-t-be-getting-a-covid-vaccine