Não existe REencarnação

É tão comum ouvirmos no meio espiritualista e esotérico que “você” foi isso ou aquilo em vidas passadas e imediatamente nos identificamos com a imagem que nos foi passada: bruxa, sacerdote, curandeiro, freira etc.

A grande maioria não para um segundo para avaliar o que essa afirmação realmente significa. Afina, qual parte sua encarnou em outro corpo, em outra época? Certamente VOCÊ, com sua identidade, não.

É importantíssimo que tenhamos a consciência que o corpo-mente-consciência atual nunca encarnou nem nunca irá encarnar em nenhuma outra realidade além dessa aqui, neste tempo-espaço atual. Portanto, o conceito de reencarnação ou encarnar novamente cai por terra, pois é fisicamente impossível.

Você, com seu DNA, RG e CPF, seu corpo e sua mente só terá a oportunidade de viver essa experiência de vida aqui e agora. E no dia em que desencarnar, ou seja, deixar o seu corpo físico, uma boa parte dessa identidade relacionada às suas criações, formas-pensamento e sentimento serão desintegradas. Apenas uma parte da sua consciência será absorvida pela rede neural da Alma, junto com todas as outras experiências vividas em outros corpos biológicos.

Quando aceita a afirmação de que “você foi tal coisa” em vida passada, se identifica com a ideia de ter vivido em outra época. É capaz muitas vezes de se visualizar nesta outra realidade, trazer sensações, imagens, até mesmo lembranças. Uma boa parte dessas possíveis lembranças não passam de hologramas. Por quê?

Os nossos corpos sutis são diretórios ou servidores que armazenam informações (sejam elas reais ou holográficas). Os corpos astral e emocional são os mais próximos da nossa realidade física e são inundados por emoções condicionadas pela sociedade, pela família e religião. Muita, mas muuuuuuuita informação armazenada nestes corpos não têm nada a ver com os arquivos originais da sua alma, mas estão conectados com as realidades do baixo astral e umbral. E quando alguém te diz que “você” foi tal coisa em vida passada, sua mente vai buscar as referências culturais e mentais atuais que você possui relativas àquela situação.

Imagine que um médium ou cartomante diz que você (e a torcida do Corinthians) foi um sacerdote no passado. Ou uma sacerdotisa. Você irá se conectar com o arquétipo de sacerdote que possui hoje, de acordo com sua referência pessoal, cultural e religiosa do que um sacerdote significa para você. Se tiver sido educado numa religião cristã, terá medo de imaginar-se um sacerdote de alguma religião pagã, achando que será punido por ter praticado magias. Se você tiver uma vertente espiritualista-kardecista, provavelmente irá acreditar que precisa resgatar algo desse passado.

A verdade é que você mesmo nunca foi sacerdote. Quem foi sacerdote foi um outro corpo, com outra consciência, outro DNA e outro propósito. O propósito desse indivíduo no passado, que compartilha uma fração da mesma alma-espírito, pode ter sido bem diferente do seu propósito na atualidade. Então não confunda: cada um no seu quadrado.

Adoro fazer comparações com tecnologia, pois como somos resultado de tecnologia espiritual, tudo fica mais fácil de se explicar.

Eu e você possuímos um corpo-veículo-hardware biológico, certo? Nosso computador possui uma determinada origem (pai, mãe, ancestralidade), como um fabricante que desenvolve cada máquina com um número de série único, com componentes internos que também carregam um número de série único. Nunca haverá outro você. Assim como nunca haverá um computador com o mesmo número de série. Nosso computador vem de fábrica com alguns programas já instalados, mas quando começamos a jornada nessa vida, a família, sociedade, religiões, mídia, vão inserindo novos programas, muitas vezes corrompendo e alterando a originalidade do aparelho.

Um belo dia o computador simplesmente pifa. Kaputz! Morte física.

A alma é o servidor central que opera parte desse computador, pois na maior parte do tempo ele parece atuar offline mesmo. Mais conectado com a matriz de controle do que com sua fonte original. Porém, se o indivíduo buscou ampliar sua consciência, se conectando com esse servidor central enquanto estava operante, parte do seu aprendizado e consciência são transferidos para a rede neural da alma, que é um computador autoconsciente que opera através de inteligência avançada, absorvendo e processando a experiência desse hardwarezinho que se identifica como Eliana, Maria, Patrícia, Marcos, José.

Quando essa inteligência superior, que é a alma, precisa desenvolver um determinado projeto, se desdobra em outros computadores-corpos físicos que irão operar em diferentes localidades. O que acontece eventualmente, é que a alma precisa obter o resultado de determinada experiência em diferentes corpos e situações para fazer uma pesquisa mais ampla. Por isso alguns padrões de comportamento ou situações podem ser semelhantes em alguns corpos/computadores em determinados períodos ou localidades. Para efeito de pesquisa e estudo dentro das realidades humanas.

No caso da Terra, a situação é diferente, porque a matriz de controle encarnacional criou um bug, um programa intruso em todos os computadores desta rede planetária, fazendo com que todo mundo acreditasse que encarnar ou “reencarnar” era compulsório. O que atrapalhou os projetos de muitas almas que não precisavam mais manter corpos/computadores encarnando aqui neste planeta. Mas esse não é o tema neste momento. Já falei sobre isso aqui.

Esse bug gerou uma série de anomalias, fazendo com que os hardwares biológicos começassem a repetir os mesmos erros, mesmos padrões viciados da matriz de controle, se desconectando de sua origem.

Por isso, quando um médium diz que “você” foi um sacerdote, mago ou bruxo, ele pode estar visualizando os hologramas implantados nessa matriz encarnacional superpoluída de infinitas realidades como bruxo ou bruxa que imperam em todas as redes neurais de alma, devido a essa programação “bugada”.

E como o histórico do planeta foi mesmo recheado de histórias, arquétipos e mitos que envolvem o jogo de poder entre as religiões que há poucos séculos eram também o poder governante de várias civilizações – lembre-se que o Estado laico nasce com a Revolução Francesa no finalzinho dos anos 1.700 – nossa alma teve sem a menor sobra de dúvida infinitas experiências em corpos que sofreram com essa disputa de poder, mas também fizeram parte desse jogo. Criando uma roda de sofrimento-vingança-culpa-medo-revolta.

Ou seja, o que a nossa alma armazenou durante o período encarnacional, que na média tem 100/200 mil anos de experiência terrestre e mais de uma centena de encarnações em diferentes corpos, civilizações, realidades (entre física e astral), é o quadro emocional transferido através dos corpos sutis mais próximos da nossa realidade, começando pelo Corpo Causal. Mas lembre-se: abaixo ou próximos do Causal existem ainda os corpos Mental Inferior, Emocional e Astral, que armazenam muita sujeira, como hologramas, expectativas frustradas impostas pelas religiões, família e sociedade e os quadros emocionais da ancestralidade, que são transferidos pelo DNA familiar, que representa a linha horizontal de pais, avos, bisavós, etc., através de memória celular para o corpo físico que você ocupa hoje.

Então, para finalizar. Antes de aceitar e acreditar que você foi isso ou aquilo no passado, entenda que você, aqui e agora, ocupando esse corpinho atual, não tem nada a ver com aquele indivíduo do passado. Se você tiver essa consciência, imediatamente irá bloquear ou se isolar da culpa ou ressonância com a história desse ser, evitando absorver o quadro obsessor e emocional que esse indivíduo desenvolveu.

Quem faz resgates na linha temporal não é você. Se você se meter a vingador ou heroi e tentar entrar em projeção astral no baixo astral e no umbral para resgatar situações de vidas passadas, a chance de piorar sua situação é muito alta. Pelo código de série que te conecta à sua alma, você é facilmente identificável no astral. E certamente será novamente chipado, ou identificado como parte do imbróglio que o seu antigo fractal criou.

Quem faz resgates na linha temporal é a equipe espiritual, que através dos diferentes Comandos e Tronos é capaz de entrar em níveis umbralinos densos e negociar a quebra de contratos e liberação de almas presas nas realidades onde sua alma teve experiências.

Por isso é TÃO importante desenvolvermos um ancoramento amplo e consistente, como ensinado nos cursos da Rometria (sendo o Método Omrom o inicial). Quanto maior a nossa consciência, maior a amplitude de nosso ancoramento. E quanto mais responsáveis formos com a nossa realidade atual, sabendo que é aqui e agora que estamos construindo nosso futuro fora deste planeta, mais contamos com o ancoramento. Deixando então o ego de lado, podemos realmente contar com os nossos amigos espirituais, nossos guias e guardiões, Exus e Pombagiras, Pretos e Pretas Velhas, Caboclos e Caboclas. Pois são eles quem fazem o trabalho profundo e essencial de libertação de almas presas no histórico encarnacional planetário.

Finalmente: ninguém reencarna. Eu e você só encarnamos esta única vez. Mas a alma se desdobrou, habitando diferentes corpos biológicos nesta realidade, densidade física ou em realidades/densidades mais sutis dentro do campo astral terrestre. Não se identifique nem se culpe pelas situações criadas por outros corpos no passado. O momento é de aprendizado, não mais de repetição de padrões corrompidos, pois foram esses padrões que nos mantiveram presos pela culpa e pelo medo a esta matriz falida.

Se responsabilize por quem você é hoje e pelo que deseja ser após seu desencarne. E aprenda a confiar na espiritualidade, fazendo o melhor que puder como parte fundamental desse time. Aqui e agora.

  • Ao compartilhar, mencione a autoria de Eliana Rocca e adicione o link para esta página, sem alterar o texto original.

2 comentários sobre “Não existe REencarnação

  1. Excelente, Elian’ã! É muuuito bom ler um texto com um conteúdo tão profundo e esclarecedor! Estou me “desagarrando” do Kardecismo e seus textos são muito importantes, eu diria que são complementares aos livros do Rodrigo que eu tenho estudado! Gratidão! 🌹🌟

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